Senadores brasileiros querem mais teor de cacau no chocolate nacional
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado promove nesta sexta-feira (17), às 13h, no auditório do Centro de Pesquisa do Cacau da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacueira (Ceplac), localizado na Rodovia Ilhéus/Itabuna, o primeiro encontro do Ciclo de Palestras sobre a Cacauicultura. O evento contará com a presença das senadoras Ana Amélia Lemos (PP-RS), presidente da Comissão e Lídice da Mata (PSB-BA), autora do projeto de lei que estabelece percentual mínimo de 35% de cacau no chocolate produzido e comercializado no Brasil; do deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), autor de projeto semelhante na Câmara, além de autoridades governamentais, pesquisadores e cacauicultores.
Além da audiência, na qual serão discutidos os principais aspectos, desafios e dificuldades enfrentados na cultura cacaueira, também haverá visita técnica à Biofábrica do Cacau. “Além de discutir a dívida dos produtores, vamos analisar as propostas e alternativas para a retomada do setor que foi bastante prejudicado nas últimas décadas”, analisa Lídice da Mata.
Mais cacau no chocolate - Amplamente discutida no Senado, a iniciativa que prevê a obrigatoriedade do teor mínimo de 35% de cacau em todo chocolate produzido e comercializado em território brasileiro visa assegurar um direito básico do consumidor: saber exatamente o que está comprando, conscientizado de que está consumindo um alimento funcional. “Isso responde a uma demanda histórica da Câmara Setorial do Cacau pois, de acordo com especialistas, o Brasil estaria na contramão da regulamentação da produção de chocolate, já que no passado, o brasileiro consumia um chocolate com maiores teores de cacau, mas a legislação foi alterada”, afirmou a parlamentar baiana.
Lídice destaca ainda o potencial do Brasil como um dos líderes do mercado de cacau e chocolate e ressalta a participação do País em feiras temáticas no exterior. “Na Bahia, por exemplo, em 2009, tínhamos apenas uma marca de origem. Agora, já chegamos a 20 marcas em 2014, o que demonstra o espírito empreendedor do povo baiano e a boa aceitação de um produto de qualidade superior. Podemos produzir um chocolate original, fino, gourmet e premium com alto teor de cacau e elevado valor agregado”, conta.